domingo, 4 de outubro de 2009

Mídia influência gosto do leitor



Por Sócrates Puntel

Os livros mais procurados nas livrarias santistas são os que jornais e revistas indicam, avalia a vendedora, Valdira Andrade, que trabalha em uma livraria no Gonzaga há dois anos e meio. “Não existe um perfil específico de leitores nessa livraria, a grande maioria, entre 30 e 50 anos, procura os livros mais citados do momento”, diz.


Os jovens também fazem parte deste contexto. E gostam de comprar livros que estão na mídia. É o caso da estudante de enfermagem, Cynthia Alves, 20 anos, cliente da livraria e que comprou toda a coleção de livros da série Crepúsculo, “Eu adoro este tipo de livro e com o filme eu e minhas amigas decidimos comprar”, diz. Essa é uma boa maneira de descobrir livros bons, mas assim como ela, existem outros jovens que são influenciados, como o assistente de vendas, Leandro Rodrigues, de 23 anos, que estava comprando, O leitor apaixonado, de Ruy Castro, que está entre os cinco mais vendidos da livraria. “Eu vi uma reportagem na TV e indicaram o livro, então resolvi comprá-lo”, lembra.

A vendedora da livraria diz ainda, que um dos atrativos para garantir a clientela e ajudar na escolha de livros é sempre promover lançamentos com escritores de diferentes gêneros e também concertos de música. “Isso faz com que nossos clientes busquem assuntos e livros novos e que sempre voltem. Aqui temos clientes que freqüentam nossa livraria há mais de seis anos e se não passam para comprar, vêm apenas para tomar um café”, diz, destacando um diferencial que a casa oferece ao público.

Com um público de várias idades e que vai as livrarias em busca de títulos e assuntos, fica difícil segmentar. O jeito adotado por muitas é dividir os livros por seções, estimulando as ofertas de livros, e gêneros do segmento, para que o cliente possa ter uma visão ampla de publicações que possam lhe interessar, e que sejam diferentes daqueles de que são acostumados a ler ou que sejam apenas procurados somente pela influência.

Relação dos cinco livros mais vendidos do momento

1º Amanhecer, de Stephenie Meyer

2º O clube do filme, de David Gilmour
3º A elegância do ouriço, de Muriel Barbery
4º O leitor apaixonado, de Ruy Castro
5º A grande história da evolução, de Richard Daukins
Fonte: Realejo Livros

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Grupo Quiloa traz cultura nordestina à Baixada Santista


Por Rafael Rego

O Nordeste é uma das regiões brasileiras com umas das menores taxas de desenvolvimento econômico, porém, considerada uma das mais ricas em cultura do País. Tendo em vista essa imensidão cultural e a falta de divulgação na Baixada Santista, o diretor musical Felipe Romano criou há seis anos o Grupo Quiloa de Maracatu. Difundindo a cultura popular de Pernambuco e trazendo alegria em suas apresentações, o Quiloa se orgulha de ser o primeiro grupo do gênero na Região.

O projeto nem possui patrocínio, mas tem fins lucrativos. O grupo divulga sua arte por meio de apresentações em diversos locais Estado. E para dar mais abrangência ao seu trabalho, neste ano, como parte do projeto, foi criada a Banda Fios de Conta, que faz apresentações de ciranda, maculelê, xote, afoxé, carimbó e maracatu. Em uma de suas últimas apresentações, a trupe participou da encenação da Vila de São Vicente, da festa de aniversário de 456 anos da cidade de São Bernardo e do Mutirão do Folclore 2009, organizado pela Prefeitura de Santos.

Ainda no processo de implantação do projeto, o Grupo Quiloa orgulha-se de ter conquistado seu primeiro trunfo: uma nova sede na Rua General Câmara, em Santos. Com isso, Romano acredita na aderência de novos grupos culturais na Cidade e o interesse das demais pessoas no maracatu.

Uma das integrantes do grupo, a estudante Amanda Calazans, explica sua entrada e a importância da implantação da cultura pernambucana na Baixada. “Entrei no Quiloa há quase quatro anos por indicação de um amigo. Moro em Cubatão, estudo em São Paulo, mas sempre estou me apresentando com o Grupo. Formamos uma família”. E completa. “O maracatu é uma das mais importantes manifestações culturais de Pernambuco e precisa ser divulgada. Tentamos trazer a cultura nordestina a Santos com cores, música e dança.”, completa.

Os interessados em contratar o Grupo Quiloa e suas bandas podem entrar em contato com Felipe Romano no número (13) 8133 -3560.

Queda no preço do leite não anima consumidores

Por Vanessa Simões

Mesmo com a queda de preço em comparação ao mês passado, consumidores ainda consideram que o valor do leite longa vida está alto e que há pouca variedade. É o caso do Supermercado Dia, onde só é possível encontrar uma marca conhecida.

Segundo a dona de casa Edna Souza, os preços estão altos demais. “Já paguei muito menos pelo leite, estou levando só dois litros desta vez”. A comerciante Aline Silva concorda com ela: “Realmente já paguei menos, vou levar só um”.

No mês de julho, o menor preço encontrado foi de R$2,15. Já em agosto o menor preço foi R$ 1,82. Percebe-se uma queda, mas ela não é suficiente para agradar aos consumidores.

No supermercado Pão de Açúcar o menor preço foi de R$1,95; no Compre Bem, R$1,82; no Dia, R$1,85; e no Carrefour R$2,05.

Chuva provoca aumento de preços de hortifruti

Por Fernanda Barreto

No mês de julho mais chuvoso dos últimos 15 anos, os feirantes tiveram motivos de sobra para se preocupar: os preços dos produtos aumentaram, principalmente nas frutas mais vendidas como a mexerica ponkan (que custa R$ 2,00 o quilo) e o limão.

Os feirantes Edilaine Silva e Otaviano Junior, da Barraca 40, comentaram que no período chuvoso houve um aumento de preço do limão. Uma caixa com doze limões custava um real, mas atualmente saem quatro limões por dois reais. Mesmo com esse aumento, os clientes ainda vêm para comprar. “Os clientes apenas compram menos do que o costume”, diz Edilaine.

Na Barraca 477, os preços subiram além do esperado. A dona da barraca, Ivani Matos, comenta que o agricultor que fornece a cebola, o alho e a batata não tiveram uma boa safra. O quilo da cebola aumentou de R$ 1,80 para R$ 2,99, já o alho roxo aumentou de cinco para oito reais o quilo. “Mesmo assim, tem sempre gente comprando”, comenta.

Mesmo com o tempo chuvoso e o aumento dos preços, os clientes vão à feira, mesmo que sintam no bolso, como a aposentada Maria Helena de Oliveira. “O preço de todos os produtos aumentou muito, tive que comprar menos do que costumava adquirir”, comenta.

Mercado Municipal espaço de gastronomia e aprendizado


Por Viviane Alves

O Mercado Municipal, que foi recentemente revitalizado oferece, mais do que somente compras. No local há 76 boxes que variam desde açougues, hortifrutis, peixarias, ate tranças afro.

As melhorias são inúmeras e vão desde a limpeza até a segurança do mercado que melhorou muito após a instalação da Sede da Secretaria Municipal de Segurança sob o comando da Guarda Municipal de Santos. É equipado com rampas de acessibilidade para deficientes, e banheiros.

Segundo Aníbal Fernandes Afonso, que trabalhou no mercado por 50 anos, o mercado se transformou e ficou nota cem, e toda vez que vem a Santos não deixa de ir lá rever os amigos e admirar a evolução doespaço.

Já o açougueiro Dennis Alves Brandão, que trabalha no mercado há mais de 20 anos, diz que com a revitalização o local melhorou muito principalmente, em relação a limpeza do local, já quanto ao movimento ele continua o mesmo.

Nelson Santos, que freqüenta o Mercado há doze anos, diz que os preços não são mais baixos que em outros lugares, mas a qualidade dos produtos é realmente melhor e o atendimento é o diferencial.

Segundo, Cláudio Alves Cruz, Coordenador do mercado, o diferencial do local é a qualidade dos produtos, que é imbatível por vir direto do produtor, além de vender no atacado e varejo para toda a região.

Entre os atrativos do mercado há a Feirinha Atacadista, que funciona da 0h até as 6h da manhã, de segunda a domingo, e é realizada na rua ao redor do mercado. Os principais fregueses são comerciantes da região que preferem o mercado a ir a São Paulo. O Mercado localiza-se a Praça Iguatemi Martins s/nº de terça à sábado, das 7h às 18h, aos domingos, das 7h às 13h, e as segundas, das 7h às 12h.

Parcerias

Segundo o Chefe do Departamento Regional Central Histórica ,Nilton de Carvalho os cursos profissionalizantes que são realizados no mercado são gratuitos e ocorrem em parceria com o SESI (Serviço Social da Indústria) e com o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). Entre os cursos oferecidos estão pedreiro azulejista, hidráulica, corte e costura, leitura de desenho industrial, pintura e o Programa de Primeiro Emprego (PET - Programa Educação para o Trabalho) destinado a menores de 16 a 21 anos, além do curso de empreendedorismo em fase de implantação. S interessados deverão comparecer de segunda a sexta das 8h às 18h - Bairro Vila Nova. Informações pelo telefone 3235-6432.

Há outras atividades disponíveis no mercado como capoeira, dança de salão, balé, karatê, Ginástica para a 3ª idade, além de happy hour às sextas feiras com música ao vivo.

No local, há também o Bom Prato que é um restaurante popular que serve refeições por apenas R$ 1. O projeto é uma parceria do Governo do Estado com a Prefeitura de Santos e a Associação Estrela do Mar (APASEM – Ligada a Diocese de Santos). Conta com cardápio elaborado por nutricionistas. O Bom Prato serve diariamente cerca de 1.200 refeições a população carente da região.

BrincaSanta, lugar de aprender brincando


Por Guilherme Aragão

A Brinquedoteca BrincaSanta da Universidade Santa Cecília – Unisanta é a maior da Baixada Santista. Além de ser um espaço para que os alunos do curso de pedagogia possam por em prática o que aprendem em sala de aula, o espaço atende a diversas crianças do Colégio Santa Cecília e de outras instituições.


Idealizado pela professora Maria Cristina em 2003 e criado em 2004, o local é um espaço lúdico-pedagógico, científico e cultural com a finalidade de contribuir para a valorização do brincar do ser humano. A brinquedoteca BrincaSanta atende às crianças do Colégio Santa Cecília, filhos de funcionários e crianças do Lar Santo Expedito e Creche Lar Infantil Santa Rita de Cássia em seus 210m².

A ludotecária Rogéria Pereira diz que as crianças gostam muito do local. “Quando elas me vêem na rua, elas me chamam de ‘Tia do Brinquedo’”, diz Rogéria sobre as crianças que lá freqüentam. Ela também fala que muitas crianças perguntam onde comprar brinquedos como os da Brinquedoteca, porém “eles são únicos, pois são feitos pelos próprios alunos de Pedagogia e outros pelas próprias crianças”.

Baseado em diversas teorias pedagógicas, os materiais utilizados na Brinquedoteca são feitos pelos alunos do curso de pedagogia. Segundo o professor e diretor do curso Fábio Giordano, os brinquedos podem ser utilizados por crianças de diversas classes sociais. Giordano acrescenta que a brinquedoteca “É mais do que um espaço bonito, é um espaço de desenvolvimento”, pois atende crianças de 2 a 12 anos, idade em que “a criança forma o seu caráter”. O professor Fábio diz que sente muito orgulho da equipe que trabalha no local. “São cinco anos de elogios”, diz.

Crianças


As gêmeas, Marcela e Mayara, 7 anos, são freqüentadoras assíduas da brinquedoteca. Empolgadas, as gêmeas dizem gostar de desenhar e fazer novas amiguinhas. Elas estudam no Colégio Santa Cecília e são da mesma classe que Sayonara, 7 anos, também freqüentadora do local. Sayonara diz gostar muito de quebra-cabeça e afirma que é invencível no futebol de botão. “Ninguém ganha de mim”, fala Sayonara. Pela primeira vez na Brinquedoteca, Bianca de 9 anos, ainda demonstra um pouco de timidez, mas diz que gostou muito do lugar e que quer voltar mais vezes. Questionadas sobre qual brinquedo elas mais gostavam, todas foram unânimes: “O vestido de princesa”.


A Brinquedoteca atende mensalmente uma média de 140 crianças. Funciona de segunda a sexta das 8h às 12h, 13h às 17h e aos sábados das 9h às 12h na Rua Oswaldo Cruz, 266.

Muralismo é tema de atividade na UNISANTA

Por Gabriela Pomponet

Deixar espaços públicos e privados mais bonitos, usando a arte como forma de expressão. Está é a proposta do artista plástico e professor universitário Gilson de Melo Barros (foto), que ministra a oficina de Pintura Mural na Universidade Santa Cecília, UNISANTA. O curso vai até o fim do ano e ocorre no Bloco D, sala 55, todos os sábados, das 9h às 12h30. Qualquer pessoa pode participar das aulas. Esse tipo de expressão pode ser aplicado na questão individual ou nas artes decorativas. Pode-se trabalhar com a pintura em um quarto de criança, um consultório médico, uma escola, entre tantos outros espaços. “A pessoa que queira aprender será bem recebida e não é necessário sentir medo por não saber desenhar. Ninguém não desenha, ninguém não canta, ninguém não dança. Nascemos para brilhar!”, diz o artista.

No curso serão expostas técnicas ligadas ao princípio de fazer mural, como a percepção e dimensão. Além disto, o aluno aprende a diferença compositiva de um quadro de cavalete e uma pintura grande e estudar a questão da escala proporcional. Para se fazer uma pintura mural deve-se fazer um projeto em um papel, mas a parede é imensa, então é necessário desenhar em sala e transpor em tamanho maior na parede. Será aplicada a “dissecação da cor”, termo denominado pelo artista de anatomia da cor, que é a fabricação de uma tonalidade. “Primeiramente haverá um trabalho com as questões técnicas e um mural coletivo, no segundo bimestre do curso será realizado um projeto individual”, diz.

Para Gilson, a questão da discussão muralismo X grafitismo é irrelevante. A diferença de cada arte vem do princípio de atuação de cada artista. “Já fiz grafite, mas nunca teve característica de mural e sim de um carimbo individualizado. É bem particular a diferença, não existe essa de grafitismo não ser muralismo, ou vice-versa.”.

“O muralismo é uma forma mais contemporânea, surge com aquilo que é denominada de arte palio neandhertal, ou seja, a arte feita nas paredes, da pintura das cavernas. Com sua evolução ao longo do tempo, podemos encontrar esse tipo de manifestação no Egito Antigo, feito nas tumbas reais. Vamos encontrar essa arte na Grécia e em Roma de forma, por vezes, meramente decorativa. Encontraremos na Idade Média, nas catacumbas”, explica.

As grandes catedrais no Renascimento também foram alvo do muralismo. Veremos no Barroco e ao chegar ao século XX foi detonada essa expressão coletiva na pintura de muros no México. O movimento mexicano de pintura de mural esta associado à Revolução Russa de 17 e à Revolução Mexicana de 19, onde os artistas vão se colocar a mercê dessa revolução para divulgar seus ideais e valorizar a história do México. O professor também ressalta a influência desta arte no País. ”Há ecos no Brasil e a influência chega até alguns dos pintores modernistas, entre eles Candido Portinari. O artista vai trabalhar, em alguns momentos com a pintura sacra, trazendo esse espírito socializador na arte, ou seja, a arte para todos, a arte fora das galerias, a arte nas escolas, nas bibliotecas, nas igrejas, ou seja, aonde o povo está”, explica.

Gilson de Melo sempre se interessou pela pintura outside, outdoor, pelo grafite e por banners. No final dos anos 7, foi ao México estudar pintura mural na San Carlos, a escola dos grandes mestres. Voltou ao Brasil e começou a dar aulas sobre o assunto. Desenvolveu trabalhos urbanos e trabalhou na Secretaria de Cultura, onde foi criou uma oficina que durou quase sete anos, formando alguns muralistas que hoje estão espalhados pelo mundo. “Tenho orgulho de ter artistas que absorveram essa ação por meio da minha maneira de ensinar. Muitos trabalham nos EUA, França e Espanha. Gosto de ensinar fazendo, ensinar realizando. Há um lado teórico, mas a prática é muito importante para o desenvolvimento do artista, tanto do olhar como do pincel”, comenta o artista plástico.

Nos últimos anos, o artista tem realizado alguns painéis na Unisanta. O muralismo pode ser encontrado na Biblioteca de Direito, de Saúde e no andar de comunicação. Há três painéis na Universidade Municipal de São Caetano do Sul e Gilson ainda prepara alguns trabalhos para o fim do ano, como na Câmara Municipal de Pernambuco, onde o novo prédio está sendo construído e terá a marca do muralista.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Primeira hidrovia da região está próxima de um final feliz

Por Danilo Netto

A novela da construção da primeira hidrovia da região está perto de chegar ao fim. Em julho deste ano, a empresa Carbocloro recebeu da CETESB a Licença Prévia (LP) para a construção do empreendimento onde os navios atracarão no largo do Caneu. De lá, irá transferir a carga do porão do navio para barcaças que percorrerão a hidrovia até a empresa.

O projeto significará a substituição da malha rodoviária pela marítima nas operações da indústria que hoje recebe 60 mil caminhões por ano em sua unidade em Cubatão.

Atualmente, o carregamento do sal grosso (matéria prima do cloro, soda caustica, ácido clorídrico, hipoclorito de sódio) é feito do navio diretamente para as carretas no Porto de Santos, seguindo num percurso de 22 quilômetros até a fábrica. No caminho, os conhecidos congestionamentos das vias portuárias, os riscos de acidentes e a emissão de poluentes.

Segundo um dos responsáveis pelo projeto, o engenheiro Rogério Catarinacho, a hidrovia reduzirá 80% das emissões de poluentes e evitará problemas nas estradas, com a liberação de mais berços atracadouros no Porto de Santos, redução de danos na cidade e de metade do caminho que hoje é percorrido por caminhões.

“Um navio leva 45 mil toneladas, 180 viagens de caminhão. Com a hidrovia, precisaríamos apenas de 30 barcaças para descarregar o navio”, afirma o engenheiro.

No Estado, apenas 1% do transporte é fluvial. De acordo com Catarinacho, o Brasil é pouco explorado, diferentemente da Europa, onde é comum esse tipo de transporte.Até o momento, foram gastos 2,5 milhões de reais em estudos para reduzir o impacto ambiental. O engenheiro afirma que o próximo passo é a obtenção da Licença de Instalação fornecida pela CETESB. Com isso, a hidrovia estará pronta em um prazo de dois anos.

Uma rede de vôlei, piscina e alguns amigos: assim é o biribol


Por Thaís Cardim

Poucos o conhecem pelo nome, mas ao estender uma rede em uma piscina e chamar alguns amigos para jogar vôlei, você está praticando biribol. Comum no interior do estado, o esporte é jogado por quatro integrantes por time, em uma piscina de pouca profundidade e tamanho reduzido. As regras são semelhantes às do vôlei.

No último final de semana, Santos recebeu o 1º Campeonato da Federação Paulista de Biribol. O esporte, originário da cidade de Birigui, era apenas praticado entre amigos e familiares. Hoje, faz parte do calendário de competições do interior.

As disputas do Campeonato Paulista de Biribol aconteceram nas piscinas do Clube dos Ingleses e do complexo esportivo Rebouças, com a participação das 20 melhores equipes masculinas do estado. Os primeiros jogos ocorreram neste sábado (19), em ambos os locais, e a etapa final foi no domingo (20), na piscina do Rebouças. A Baixada Santista conta com as equipes Itanhaém Náutico, Santos/FUPES e Itanhaém que representam a região.

De acordo com o gerente da Liga Nacional de Biribol, Osvaldo Crusca, a prática tem sido bastante divulgada no litoral do estado e há um projeto da prefeitura de Santos para transformar o Rebouças em um pólo de iniciação ao biribol. “No interior, os alunos da rede municipal praticam o esporte e formam atletas para competições como os Jogos Abertos do Interior”, afirma. Irmão de Osvaldo, o presidente da Liga, Edson Crusca, afirma que o biribol é o esporte com o menor gasto em material, o que facilita a implantação. “A cidade tem várias instalações subutilizadas, que poderiam ser aproveitadas para o biribol”, diz.

Devido a dificuldade em formar competidores qualificados, é comum os times terem o que chamam de ‘atletas estrangeiros’, ou seja, pessoas de outras cidades que jogam pela equipe local. Santos tem dois times de biribol e um deles é formado, em sua maioria, por ‘atletas estrangeiros’.

O técnico da equipe de Araçatuba, José Dante Thereza, elogiou o empenho dos participantes que, além da disputa pela melhor colocação, enfrentaram outro desafio: piscina do Clube dos Ingleses não tem aquecimento e o tempo ruim marcou presença no clima santista. “Se todas as equipes resolvessem não jogar, o campeonato provavelmente não aconteceria. Cair na água fria também é amor ao esporte”, brinca. ,

Dante, que competiu em diversas equipes desde a adolescência, incentivou o filho mais velho a praticar o biribol. Hoje com 22 anos, Matheus defende a equipe comandada pelo pai, mas confessa que não dá para sobreviver apenas com o esporte. Ele está no último ano de Economia e trabalha em um banco, em São Paulo.

Para competir, é necessário ter, no mínimo, 13 anos e não há limite de idade para a prática. Apesar de não ter a participação das mulheres neste campeonato, nove times femininos participam da Liga Nacional de Biribol. Essas equipes foram formadas, principalmente, em academias, durante os horários de lazer nas aulas de hidroginástica.

Poupatempo tem demora na prestação de serviços

Por Sócrates Puntel

A demora e problemas como mau atendimento de funcionários estão fazendo com que os cidadãos reclamem dos serviços prestados pelo Poupatempo, que completará em Outubro um ano de funcionamento.

Serviços de utilidade pública como boletim de ocorrência, segunda via de registro de identidade (RG), emissão de carteira de trabalho e renovação da habilitação de trânsito (CNH), estão disponíveis no posto localizado no Centro de Santos.

Para a proprietária de buffet, Solange da Silva, de 37 anos, o Poupatempo “é ótimo, e tudo está integrado com todos os serviços públicos. Eu vim resolver a documentação do meu carro, é a primeira vez que venho aqui, mas já conhecia o local por nome, e por muitas pessoas comentarem”, diz.

Logo na entrada do posto, está a bancada de informações aos usuários, onde as pessoas podem perguntar sobre os vários serviços, que são divididos pelas cores azul (área pública) e verde (administração geral do posto de serviços).

Contudo, a demora na emissão da segunda via do RG da estudante de enfermagem, Cynthia Alves, de 20 anos, fez com que ela desistisse do atendimento. “Peguei a senha e a espera é de três a quatro horas, um absurdo! O próprio nome do local está errado, isso não está poupando o tempo de ninguém”, reclama.

A administração local não quis comentar a demora do atendimento, no entanto, o universitário Rafael Marques, de 22 anos, sentiu-se satisfeito. Ele precisou tirar uma foto para a carteira de trabalho, e nem imaginava que o posto de serviços abrigava uma máquina fotográfica instantânea 3x4. “Fiz tudo em 15 minutos, a foto ficou pronta em 10 e minha carteira de trabalho também, foi rápido, prático e maravilhoso”, comenta.

Poupatempo Santos completa um ano

Por Mayra Ramos

O Poupatempo, instalado no Centro Histórico de Santos, completa um ano no próximo dia 9 de outubro. Tem mais de 4.200 atendimentos por dia e cerca de um milhão de pessoas são beneficiadas. O
Poupatempo oferece serviços de 18 órgãos públicos, sendo dez deles do Governo do Estado e oito da prefeitura.

A maior vantagem é a rapidez e a eficiência no atendimento. No Poupatempo Santos é possível tirar documentos, solicitar a segunda via de contas e obter informações sobre uma série de serviços públicos.

Quando não havia Poupatempo na cidade, o serviço para tirar o Registro Geral (RG), por exemplo, só era feito no Palácio da Justiça e demorava até dois meses para ficar pronto. “O atendimento, aqui na Polícia Civil, diminuiu em 80%”, revela o investigador da Polícia Hugo do Santos. “Quando vem uma pessoa aqui, nós mesmos indicamos os serviços do Poupatempo” conclui.

O Poupatempo fica na Rua João Pessoa, 246, Centro em Santos. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 9h às 18h e sábado, das 9h as 14h. Pela internet, através do site do Poupatempo

ATENDIMENTOS DO GOVERNO DO ESTADO - Programa Acessa São Paulo (acesso gratuito à internet) - Projeto e-poupatempo (serviços públicos disponíveis na internet) - CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - Detran - Departamento Estadual de Trânsito - Divecar - Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas - Secretaria da Fazenda - Polícia Civil / Instituto de Identificação "Ricardo Gumbleton Daunt" - Banco Nossa Caixa - Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho

ATENDIMENTOS DA PREFEITURA - Cidoc - Departamento de Informação, Defesa e Orientação ao Consumidor - CET Santos - Companhia de Engenharia de Tráfego - Protocolo Geral da prefeitura - Procuradoria Fiscal - Seção de Cobrança da dívida ativa - Secretaria de Finanças - Departamento de Obras Particulares/Secretaria de Obras e Serviços Públicos - Posto de Informações das secretarias de Turismo e Cultura SERVIÇOS DE APOIO -Fotocopiadora -Serviços de Fotografia -Lanchonete

AUTO- ATENDIMENTO
-Banco 24horas; Itaú; Banco Nossa Caixa

Obra de recuperação de balsa atingida por navio não tem previsão de ser finalizada


Por Maurílio Carvalho

Desde o acidente causado pelo navio de bandeira chinesa Zhen Hua 27, há dois meses, que se chocou com uma balsa da travessia Santos/Guarujá e um atracadouro, os usuários das balsas, administradas pela DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S/A), ainda não sabem quando o sistema funcionará normalmente.

Devido ao ocorrido, o lado de atracação de balsas em Guarujá está operando com apenas um calado de atracação e cinco balsas, pouco para a demanda de veículos nos finais de semana e feriados prolongados.

No local, há placas do Governo de Estado de São Paulo informando sobre o investimento nos reparos, que giram em torno de R$ 30 milhões de reais, mas sem prazo determinado para termino.

O Primeiro Texto tentou falar com o responsável da obra presente no local, mas sem sucesso. Enquanto isso, as pessoas que utilizam o serviço são prejudicadas pela demora, sem saber ao certo uma data para que a situação seja regularizada.

Para a funcionária pública de Guarujá, Sheila Marise Batista Ramos, a travessia é um tormento. “Atravesso a balsa quase todos os finais de semana. Fico, em média, duas horas esperando para atravessar. Tenho que marcar meus compromissos com antecedência, pois sempre chego atrasada em qualquer lugar”, reclama.

Segundo o administrador de empresas, Marcelo Barreto, o sistema de balsas é o pior meio de acesso de Santos para o Guarujá. “Prefiro ir pelo caminho mais longo a pegar esta fila. Estava no mercado de Peixe em Santos, resolvi vir pela balsa e já estou arrependido. Já cheguei a passar duas horas nesta fila”, desabafa.

Uma das principais reclamações da população que utiliza do serviço das balsas, além do problema das filas intermináveis, são os famosos “fura-filas”. Segundo o controlador de pedágio, Rafael Ribeiro, se alguém se sentir prejudicado, consegue meios de reverter o ocorrido. “Nossos funcionários estão orientados a informar a pessoa que fura a fila para sair dela. Quando não tem jeito, chamamos a polícia. É muito importante a população estar atenta, pois pode anotar a placa do veículo que entrou indevidamente na fila e acionar o policiamento”, diz.

Além dos reparos no calado e na balsa, danificados pelo acidente, a obra, realizada pelo Governo Estadual, também conta com a construção de outro atracadouro, do lado do danificado, para aumentar o fluxo de veículos e diminuir as filas. A conclusão das obras do novo local de atracação de balsas está previsto para o início da temporada de férias deste ano, mas o término do reparo da balsa e do atracadouro atingidos pelo navio ainda segue sem data para ser concluído.

II Salão Dino de Humor está com inscrições abertas

Por LG Rodrigues

Estão abertas as inscrições para o II Salão Dino de Humor do Litoral Paulista, evento o qual reúne caricaturistas, desenhistas, cartunistas e artistas gráficos de todo o litoral paulista e que será sediado no bloco E, 4º andar da Universidade Santa Cecília, em Santos, entre os dias 19 e 29 de outubro.

Fundado pelos ilustradores Osvaldo DaCosta e Alexandre Barbosa em conjunto com a designer Márcia Okida, o evento tem como objetivo divulgar a arte de humor gráfico e obras de profissionais do litoral. Os trabalhos são divididos em quatro categorias: cartum, charge, tiras e HQ e caricatura, sendo que ainda existe a categoria estudantil, porém esta última é de participação exclusiva para os alunos da
UNISANTA, os quais podem inscrever seus trabalhos em qualquer uma das categorias.

Um dos fundadores do Salão Dino de Humor, o ilustrador Alexandre Barbosa tem grandes expectativas no aumento da participação deste ano. “Já havia inscrições antes mesmo de começar o período de registros”. O ilustrador ainda completou afirmando que qualquer artista pode se inscrever e participar do evento.


O nome da exposição é uma homenagem ao já falecido cartunista do jornal A Tribuna, Ascendino Andrade, O Dino, famoso por suas charges cheias de humor que ilustravam o jornal santista e foi o pioneiro a retratar o então desconhecido Edson Arantes do Nascimento.

As inscrições estão abertas até o dia 13 de outubro. Interessados podem enviar seus trabalhos para o e-mail salaodinodehumor@uol.com.br. Junto com a obra é necessário especificar nome, data de nascimento, sexo, R.G., endereço, telefone, e-mail além do nome artístico do autor e do título da obra. Outras informações podem ser acessadas no site da UNISANTA, www.unisanta.br.

Abaixo os links do formulário para a inscrição:

Regulamento 1
Regulamento 2

Candidatura de Marina abre espaço para discussão racial


Por Carina Seles

Caso a senadora Marina Silva, recém-filiada ao Partido Verde, seja confirmada como candidata presidencial, ela será a única afro-descendente, em um país diversificado racialmente.

Os demais pré-candidatos são José Serra ou Aécio Neves, ambos do PSDB, Ciro Gomes (PSB) e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (PT).

De acordo com Cristiano Bueno, coordenador do núcleo do Projeto Educafro do Jardim Rio Branco em São Vicente, a possibilidade existir um representante afro-descendente, vai de encontro à questão cultural. “Mesmo o País tendo metade da população afro-descendente, é considerado altamente preconceituoso”. Bueno explica que a questão racial brasileira é velada e compara com o quadro norte-americano. “Nos EUA, o preconceito é mais aberto, institucional.

Quem é preconceituoso fala que é. No Brasil, a maioria da população fala que não é, porém pensamentos e atitudes – como piadas e frases – comprovam que a população negra sofre com esse quadro”.

Cristiano tem a esperança da eleição da senadora virar um fato real. “Ela será uma válvula de escape para o eleitor que não for votar nem no PT, nem no PSDB”. O coordenador também ressaltou a importância de se ter uma representante que representa minorias. “A candidata é duas vezes discriminada na sociedade: por ser mulher e, principalmente, por ser negra”, finaliza.

BRASIL X EUA – Meio século após a morte de Martim Luther King, considerado um mártir dos direitos dos negros, houve a eleição de Barack Obama. O coordenador afirmou que esse fato se deu exatamente pelo atual presidente trabalhar com as mesmas idéias de políticas públicas de King.

Marina Silva, em entrevista à Revista Veja em 29 de agosto, afirmou que seria muita pretensão se apresentar como similar de Obama, apenas por ser negra.

BRASIL – O País já teve um presidente negro na história. Nilo Peçanha foi empossado em 1909, e governou a nação durante um ano, sucedendo o mandato após a morte de seu antecessor, Afonso Pena. Seu mandato se deu por ser integrante de uma família importante da política no Rio de Janeiro. Alguns pesquisadores afirmam que suas fotografias presidenciais eram retocadas para branquear sua pele escura. Seu casamento com uma descendente de aristocratas foi um escândalo social, pois a noiva teve que fugir de casa para poder se casar com um sujeito mulato. Em seu mandato, Nilo Peçanha criou o Ministerio da Agricultura e inaugurou o ensino técnico no Brasil.

Jornalismo literário é um dos temas da 11º Semana Ceciliana

Por Arucha Fernandes

“Conexões história e jornalismo”, do jornalista santista Sergio Willians é uma das palestras programadas para a Semana Ceciliana. Com o tema sobre a relação do jornalismo com a literatura, o palestrante - que já tem dois livros publicados - ensina como misturar o gênero romântico com reportagem histórica. A intenção é ressaltar a importância do compromisso com a informação e o embasamento em pesquisas nesse tipo de texto.

Ainda na semana, o jornalista ministra o mini-curso sobre o Instituto Histórico e Geográfico de Santos, para os alunos do período da manhã. Além disso, Willians vai levar os alunos para um tour no local. O instituto reúne em seu acervo vários quadros de Benedito Calixto e conta com uma biblioteca pública, um museu e um auditório.

“Essa parceria com o Curso de Jornalismo da Unisanta tem o intuito de aproximar o meio acadêmico desse patrimônio cultural da cidade”, diz o jornalista, que desenvolve um trabalho de resgate no instituto. Ele explica que o local ficou esquecido muitos anos, e hoje se encontra com sua estrutura em situação precária e o acervo mal organizado.

A 11º Semana Ceciliana da Universidade Santa Cecília acontece de 19 a 23 de outubro e traz jornalistas e profissionais da área para ministrar palestras, mini-cursos e oficinas para os alunos de comunicação. Essa semana pedagógica tem objetivo de proporcionar aos estudantes um maior conhecimento nas diversas áreas em que poderão atuar, e inseri-los na realidade do mercado de trabalho.

CURRÍCULO – Jornalista há 17 anos, Sergio Willians passou por vários meios de comunicação da região e produziu documentários para empresas privadas e instituições públicas. Teve em 2008 seu primeiro livro publicado, intitulado “Pelas Curvas da Estrada de Santos”, que conta a aventura de quatro jovens na primeira viagem de automovel do Estado de São Paulo. A história dos bondes de Santos é o enredo de seu livro mais recente “Bondes de Santos”, lançado em abril desse ano.

Semana Ceciliana chega à 11º edição, mas não anima a todos

Por Aline Porfírio

Com o intuito de sintonizar o estudante com mercado de trabalho e proporcionar maior conhecimento de áreas específicas, a Universidade Santa Cecilia promove mais uma edição da Semana Ceciliana. Porém, os alunos do período noturno questionam a falta de atividades.

O evento abrange os cursos de Jornalismo, Multimeios e Publicidade, conta com a presença de palestrantes e professores que oferecem minicursos e oficinas aos alunos. Neste ano, a semana ocorre de 19 a 23 de outubro, nos auditórios da universidade.

As atividades serão divididas por turnos. Os alunos de Jornalismo do período diurno terão aulas práticas de fotojornalismo, montagem de perfis e radiojornalismo. Já os estudantes do mesmo curso à noite, assistirão a palestras como a de Sérgio Willians, sobre História e Jornalismo; André Kfouri, sobre esportes e Rui Martins, sobre a vida de correspondentes internacionais, entre outros.

Coordenador do Curso de Jornalismo e do projeto, o professor Robson Bastos explica que a Semana Ceciliana é uma estrutura pedagógica, que além de proporcionar conhecimento prático e intelectual ao aluno, também conta como horas extracurriculares.

A falta de oficinas práticas no período noturno é um questionamento dos alunos. A Semana Ceciliana sempre reservou as palestras para o expediente após as 18 horas, já as oficinas e minicursos são realizados somente no período da manhã. “Não concordo com esse planejamento. Os estudantes dos dois turnos deveriam ter oportunidades iguais. À noite não há prática alguma”, explica a estudante de jornalismo do 2º ano noturno, Carina Seles.

O coordenador do curso explica que o problema deve ser discutido com os professores que oferecem as oficinas. Propõe que os alunos façam um documento registrando o descontentamento com a carga horária do projeto, para que possa haver mudanças no cronograma do próximo ano.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vacinação quer atender mais de 25 mil crianças

Por Gabriel Martins

A segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra poliomielite foi realizada no sábado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) , das 8h às 17h. Pais e responsáveis levaram as crianças menores de cinco anos a um dos 83 postos montados na Cidade, sendo 65 fixos e 18 volantes. O objetivo é imunizar ao menos 95% da população de 28.643 crianças dessa faixa etária, segundo estimativa da fundação Seade.

Durante a primeira fase da campanha, a SMS superou a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, imunizando 26.752 crianças, correspondendo a 97,4% da população nessa faixa etária. Mesmo aquelas que não tomaram a primeira dose da vacina foram levadas aos postos ontem

O posto fixo situado no Super Centro Boqueirão tinha uma expectativa de imunizar 300 crianças, segundo a médica Andréia Lúcia, porém até o final da manhã o local havia vacinado 45 menores.

Luciana Silveira, responsável pelo posto no Carrefour, disse que a Seviep (Seção de Vigilância Epidemiológica) dá a recomendação de que todos os pais dessem a própria ‘gotinha’ na criança. Essa precaução se dá por causa do medo da contaminação da gripe suína. Segundo Luciana, a criança que chegar ao local com febre ou dor de garganta é aconselhada a não tomar a vacina.

Inclusive, em função do surto da síndrome gripal, a vacinação, que tinha sido inicialmente planejada para o dia 22 de agosto, foi adiada pelo Ministério da Saúde.

Poliomielite reúne vacinação e desinformação dos pais

Por Willian Guerra

Mãe da pequena Júlia, de 4 anos, Cláudia Silva é uma das muitas mães presentes no posto de vacinação contra a poliomielite que na manha do último dia 19, que desconhecem quais os sintomas e o que é a doença. A poliomielite é uma doença em erradicação pela vacinação dirigida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), causada por um vírus, que causa paralisia, por vezes, mortal.

“Eu trouxe a minha filha aqui, mas não sei do que se trata”, conta Cláudia. Por conta disso, os responsáveis pela criança recebem uma cartilha, fornecida pelos funcionários da campanha de vacinação, para que eles tenham o conhecimento da doença. As crianças são infectadas por meio das vias orais e os primeiros sintomas aparecem em um período de 3 a 35 dias. As manifestações da polio são iguais as outras doenças virais. Febre, dor de garganta, náuseas e dor abdominal são as principais características em que as mães devem prestar atenção.

A maioria dos pais ou responsáveis que levaram seus filhos ao local confessaram que a televisão e as propagandas os influenciaram para trazer as crianças aos postos. A desinformação da doença é grave, pois a poliomielite pode ser fatal.

A pequena Júlia foi vacinada pela primeira vez no ano. Sua mãe perdeu o prazo da vacina, em maio passado. “Tem gosto ruim”, conta a menina. Após tomar a dose, as crianças tem a mão carimbada com o rosto do Zé Gotinha, mascote da campanha voltada para meninos e meninas realizadas pelo Ministério da Saúde.

Para as mães e pais presentes ao Super Centro do Boqueirão, um dos 83 postos montados na Cidade, a mudança de local dentro do centro de compras provocou queixas de pais. Antes o atendimento ocorria próximo ao parque de jogos, mudando ontem para em frente à rua Lobo Viana, junto à UNISANTA.

sábado, 19 de setembro de 2009

Guarda-chuva, tão antigo quanto popular

Por Alexandre Alves

O sábado em Santos amanhece com o céu cinzento e fortes rajadas de vento vindas do mar. Com o clima assim, é comum ver pessoas pelas ruas com os seus guarda-chuvas na mão. Grandes ou pequenos, estampados ou não, vale tudo para se proteger da chuva.

Criado há cerca de 3400 anos na antiga região da Mesopotâmia (hoje, Iraque), o guarda-chuva continua sendo um utensílio de fundamental importância na vida de qualquer pessoa mesmo no século XXI. Hoje, há modelos e preços para todos os gostos e bolsos.

A vendedora de uma loja no Super Centro Boqueirão, Audrey Persald, diz que não tem tempo ruim para vender guarda-chuvas. Ela garante que vende bem em qualquer época do ano e completa que não altera os preços quando chove. “Nós temos modelos que vão de R$ 15 até R$ 50, não mudamos isso”.

Já o ambulante Leonides Nascimento, que trabalha nesse ramo há 18 anos, afirma que neste período do ano, entre agosto e setembro, é quando mais se fatura com a venda de guarda-chuvas. Segundo ele, os modelos que vendem mais são os menores e os mais baratos, comprados por R$ 4,20 para serem vendidos por R$ 6. Ele lembra que antes comprava esses mesmos modelos por R$ 2,50 e vendia por R$ 5, ou seja, ganhava 100% em cima do valor original do produto.

O vendedor Alexandre Silva fala da preferência de modelos entre os diferentes tipos de pessoas. “As crianças gostam mais daqueles estampados com personagens de desenhos animados, as mulheres preferem aqueles de cores diferentes do preto comum e pequenos para guardar em bolsas. Já os homens, de maneira geral, querem logo os mais baratos e simples, não ligam muito para o estilo”.

Independentemente do modelo, cor ou preço, o guarda-chuva é aquele objeto que pouca gente gosta de carregar ou deixar guardado na bolsa ou na mochila, mas de grande utilidade para qualquer pessoa.