quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Obra de recuperação de balsa atingida por navio não tem previsão de ser finalizada


Por Maurílio Carvalho

Desde o acidente causado pelo navio de bandeira chinesa Zhen Hua 27, há dois meses, que se chocou com uma balsa da travessia Santos/Guarujá e um atracadouro, os usuários das balsas, administradas pela DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S/A), ainda não sabem quando o sistema funcionará normalmente.

Devido ao ocorrido, o lado de atracação de balsas em Guarujá está operando com apenas um calado de atracação e cinco balsas, pouco para a demanda de veículos nos finais de semana e feriados prolongados.

No local, há placas do Governo de Estado de São Paulo informando sobre o investimento nos reparos, que giram em torno de R$ 30 milhões de reais, mas sem prazo determinado para termino.

O Primeiro Texto tentou falar com o responsável da obra presente no local, mas sem sucesso. Enquanto isso, as pessoas que utilizam o serviço são prejudicadas pela demora, sem saber ao certo uma data para que a situação seja regularizada.

Para a funcionária pública de Guarujá, Sheila Marise Batista Ramos, a travessia é um tormento. “Atravesso a balsa quase todos os finais de semana. Fico, em média, duas horas esperando para atravessar. Tenho que marcar meus compromissos com antecedência, pois sempre chego atrasada em qualquer lugar”, reclama.

Segundo o administrador de empresas, Marcelo Barreto, o sistema de balsas é o pior meio de acesso de Santos para o Guarujá. “Prefiro ir pelo caminho mais longo a pegar esta fila. Estava no mercado de Peixe em Santos, resolvi vir pela balsa e já estou arrependido. Já cheguei a passar duas horas nesta fila”, desabafa.

Uma das principais reclamações da população que utiliza do serviço das balsas, além do problema das filas intermináveis, são os famosos “fura-filas”. Segundo o controlador de pedágio, Rafael Ribeiro, se alguém se sentir prejudicado, consegue meios de reverter o ocorrido. “Nossos funcionários estão orientados a informar a pessoa que fura a fila para sair dela. Quando não tem jeito, chamamos a polícia. É muito importante a população estar atenta, pois pode anotar a placa do veículo que entrou indevidamente na fila e acionar o policiamento”, diz.

Além dos reparos no calado e na balsa, danificados pelo acidente, a obra, realizada pelo Governo Estadual, também conta com a construção de outro atracadouro, do lado do danificado, para aumentar o fluxo de veículos e diminuir as filas. A conclusão das obras do novo local de atracação de balsas está previsto para o início da temporada de férias deste ano, mas o término do reparo da balsa e do atracadouro atingidos pelo navio ainda segue sem data para ser concluído.

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